Embedded Finance: o futuro das Fintechs e as vantagens para a sua empresa
Financeiro
Embedded Finance: o futuro das Fintechs e as vantagens para a sua empresa

Embedded Finance: o futuro das Fintechs e as vantagens para a sua empresa

Nos últimos anos, estamos assistindo profundas mudanças dentro do mercado financeiro, além do surgimento de diversas tendências, como o Embedded Finance. Mas, o que é isso afinal?

O que é embedded finance?

Embedded finance é o desenvolvimento de soluções financeiras em empresas cujo negócio central está em outros produtos. São empresas que desenvolveram suas próprias frentes financeiras embutidas em seu negócio.

Trata-se de incluir na jornada do consumidor serviços financeiros que contribuam para que ele tenha uma relação mais próxima e duradoura com essa empresa que não é necessariamente do mercado financeiro. 

Embedded finance, ou serviços financeiros incorporados (em tradução livre), tendem a se popularizar a curto prazo, já que são uma realidade global e com grande capacidade de ampliação.

Como funciona?

Imagine que uma rede varejista percebe determinado comportamento em seus clientes, como o atraso constante das parcelas. Por que não se aproximar desse público e adicionar um novo serviço que solucione essa dor? A opção de empréstimos bancários pode ser uma alternativa válida: a empresa já tem informações relevantes sobre os clientes, conhece os seus padrões e comportamentos. Com esses insights em mãos, é mais fácil criar uma solução personalizada e que se torne um diferencial.

O modelo de embedded finance permite acessar os serviços bancários não de onde eles tradicionalmente se originam (por exemplo, um internet banking), mas de onde estamos, como no exemplo de um aplicativo de imóveis que falamos logo no começo. E tudo de maneira transparente e conveniente para o consumidor.

Empresas de tecnologia que não necessariamente fornecem serviços financeiros podem incorporar serviços de instituições financeiras e fintechs diretamente em seus produtos, serviços e canais. BigTechs como Google e Amazon já começaram a lançar serviços financeiros incorporados na forma de pagamentos digitais, conta corrente integrada e serviços de empréstimos. Ao mesmo tempo, as fintechs também podem encontrar um novo canal de distribuição, fornecendo produtos financeiros fora de seu produto ou canal principal.

Por que o embedded finance funciona para todos?

No Brasil, uma a cada três pessoas não têm conta bancária. Para a maioria desses casos, o crédito concedido pelos bancos é inexistente, as pessoas precisam esperar meses, ou até anos, para juntar dinheiro para comprar uma máquina de lavar, TV ou geladeira.

Mas, se a loja onde esse cliente quer comprar possuir o modelo de embedded finance, esse cenário tem tudo para mudar. O consumidor pode adquirir o que deseja com mais facilidade e passa a ter também o que sempre quis: inclusão financeira.

Por sua vez, a empresa consegue promover suas vendas sem ter que criar infraestruturas próprias para isso, pois conta com as tecnologias, expertise e licenças regulatórias das fintechs.

Em resumo: o embedded finance oferece às corporações – sejam elas de varejo, turismo, escolas etc– uma oportunidade de engajar públicos novos aos já existentes, ao mesmo tempo em que criam fluxos de receita.

Pontos fundamentais sobre 

  • Embedded Finance não se trata de uma simples parceria de negócio com uma empresa financeira, mas da plena integração do serviço financeiro ao portfólio de uma organização que não faz parte desse mercado. 
  • O cliente não precisa deixar o site, app ou plataforma da empresa não financeira para contratar empréstimo e fazer ou processar pagamento, já que esses serviços se tornam parte do portfólio.
  • Com o embedded finance, a operacionalização e gerenciamento são feitos por uma fintech ou instituição financeira.
  • Essa tendência de descentralizar serviços financeiros tem nome: BaaS (banking as a service). A lógica é permitir que esses serviços estejam disponíveis não somente nas instituições financeiras, mas que possam ser oferecidos por qualquer tipo de empresa aos seus clientes.
  • Da mesma forma que o Open Banking, embedded finance usa APIs para funcionar. São esses sistemas de acesso digital que possibilitam a plena integração de softwares e serviços. 

E os bancos tradicionais? Não oferecem essas soluções? 

Sim, mas agilidade e rapidez aqui são chave para implementações dessa natureza, o que dá às fintechs um grande diferencial. Nelas, a tecnologia domina em todas as frentes, pois ser inovadora e disruptiva está seu DNA. Um bom exemplo é o Pix: enquanto algumas estruturas bancárias conhecidas e tradicionais penaram para rodar a ferramenta de pagamento do Banco Central, as fintechs já estavam prontas.

Como posso abrir essa frente em meu negócio? 

Oferecer uma carteira digital, intermediação de pagamentos e outros tipos de produtos financeiros não é algo tão simples. Mesmo que o sistema financeiro esteja mais aberto para novos players, ele ainda é extremamente regulado e tem uma das legislações e política de compliance mais rígidas dentre todas as atividades econômicas existentes.

Por isso, se a sua empresa está pensando nessa solução financeira, vale analisar o custo de desenvolver isso in house ou contratar fintechs especializadas e que tenham soluções BaaS, que você pode incorporar diretamente ao seu sistema, sem se preocupar com demandas de manutenção e segurança.

O oferecimento de serviços financeiros agregados ao produto, venda ou serviço é um caminho sem volta. Quem vender verá.

Gostou do conteúdo? Confira o nosso blog e leia mais conteúdos relacionados ao tema!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

logo

A KOIN é uma instituição de pagamento, obedece às premissas da Lei nº 12.865, de 9 de outubro de 2013, e aos regulamentos e circulares do Banco Central do Brasil. A KOIN não é uma instituição financeira mas atua como correspondente bancária da BMP Money Plus Sociedade de Crédito Direto S.A., CNPJ n.º 34.337.707/0001-00, nos termos da Resolução nº. 3.954, de 24 de fevereiro de 2011, do Banco Central do Brasil.